quarta-feira, 9 de abril de 2014

* Banco Mundial prevê guerra por comida e água nos próximos anos


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Efeitos das mudanças climáticas devem agravar a crise do sistema hídrico
Foto: UN Photo/Martine Perret


As batalhas por alimento e água devem eclodir dentro de cinco a dez anos, devido ao efeitos das mudanças climáticas. A projeção do presidente do Banco Mundial, Jim Yong Kim, foi feita durante entrevista ao jornal britânico The Guardian.
Ele pediu que ativistas e cientistas trabalhem em conjunto para criar uma solução para este problema global, e usou o exemplo do HIV para demonstrar como a união de esforços pode resultar em soluções mais rápidas e mais eficazes.
A fim de manter o aquecimento global abaixo do limite acordado internacionalmente, de 2 graus Celsius, Kim observou que o mundo precisa de um plano para mostrar que está comprometido com a meta.
Ele delineou quatro áreas em que o Banco Mundial poderia ajudar a combater a mudança climática: investir em cidades mais limpas e sustentáveis, encontrar um preço estável para o carbono, reduzir os subsídios aos combustíveis fósseis e desenvolver uma agricultura mais inteligente e resistente ao clima.
Os comentários de Kim seguem a publicação da segunda parte do quinto relatório do Painel Intergovernamental das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (IPCC), que advertiu que nenhuma nação ficaria intocada pelo aquecimento global.
O relatório também alertou para os efeitos que as mudanças climáticas teriam sobre os preços dos alimentos, assim como em muitas outras áreas, como recursos hídricos. A produtividade agrícola pode cair 2% por década até o final do século, ao passo que a demanda deverá aumentar 14% até 2050.

* Estudante leva 190 picadas de abelha para saber onde dói mais

Abelha
Estudante se deixou picar 190 vezes para determinar onde a picada dói mais ou menos
Um estudante de PhD britânico se deixou picar por abelhas 190 vezes, como parte de um experimento para determinar em que parte do corpo a dor é mais forte.
Smith vinha estudando abelhas na universidade quando uma entrou por sua roupa de baixo e o picou em uma parte delicada do corpo.

A intenção, conta Michael L. Smith, da conceituada Cornell University, do Estado americano de Nova York, "era fazer uma pergunta bem básica, a parte do seu corpo em que você é picado influi o quanto de dor você vai sentir? A resposta é definitivamente sim".O aluno de PhD resolveu transformar a dor em algo mais produtivo e fez de si mesmo uma espécie de rato de laboratório para o seu experimento.
Em entrevista à radio 5 Live, da BBC, Smith contou ter escolhido 25 partes de seu corpo e deixou que as abelhas o picassem nestas partes.

Onde dói mais?

Apesar de ter se sujeitado a picadas até mesmo em suas partes íntimas, ele afirmou que a área mais sensível de todas foi a narina, em particular a parte interna do nariz. Em segundo, ele listou o lábio superior e, em terceiro, o corpo do pênis.

Estudante criou mapa com pontos e fez um ranking para a dor
A pesquisa exigiu não apenas empenho, mas também muita coragem. "Eu pegava a abelha pelas asas e a colocava no local que precisava ser picado. E em segundos, você sentia a picada. Não é necessário aplicar ciência complexa para que uma abelha pique você, elas o fazem quando provocadas."
De acordo com a pesquisa, as partes menos dolorosas foram o crânio, a ponta do dedão do pé e a parte superior do braço.
A dor sentida foi classificada segundo uma escala que ia de 1 a 10.
Na eventualidade de algum amador excêntrico querer repetir o experimento de Smith, ele adverte:

"Quando você é picado na narina, todo o seu corpo reage...Eu não recomendaria."

* Açúcar e demência

Altos níveis de glicose no sangue aumentam o envelhecimento do cérebro e o risco de doenças, aponta estudo
saúde
A pesquisa mostrou que um maior índice de glicose no sangue pode indicar maior chance de demência

O envelhecimento da população transformou as demências em problema de saúde pública. As epidemias mundiais de obesidade e diabetes parecem aumentar a incidência de algumas formas de demência, embora os resultados dos estudos sejam muitas vezes controversos.
A relação entre as taxas de açúcar no sangue e o risco de desenvolver demência foi explorada num trabalho conjunto realizado nas Universidades de Washington e Harvard.
Pelo número de pessoas acompanhadas, a metodologia científica criteriosamente selecionada e a publicação em revista de grande impacto (The New England Journal of Medicine), essa pesquisa tem tido grande repercussão na literatura.
O estudo envolveu 1.228 mulheres e 839 homens com 65 anos de idade ou mais (média: 76 anos), sem sinais de demência, que faziam parte de uma coorte seguida pelo Adult Changes in Thought (ACT), no estado de Washington.
Os participantes retornavam a cada dois anos para testes de avaliação das habilidades cognitivas. Se o resultado mostrasse algum déficit, eram encaminhados para uma bateria de exames clínicos, laboratoriais e neuropsicológicos para afastar ou confirmar o diagnóstico de Alzheimer ou outro quadro demencial.
Os níveis de glicose no sangue foram recolhidos das sucessivas dosagens de glicemia e de hemoglobina glicada, realizadas pelos participantes a partir de 1988. As médias desses valores nos últimos cinco anos foram comparadas com as de períodos anteriores.
Para afastar a ingerência de outros fatores sabidamente envolvidos no risco de desenvolver demência, o grupo foi estratificado de acordo com a prática de atividade física, nível educacional, fumo, doença coronariana, doenças cerebrovasculares e hipertensão.
Nos cinco anos que precederam a avaliação, a média da glicemia de jejum dos participantes sem diabetes foi de 101 mg/dL, número que aumentou para 175 nos portadores de diabetes.
Em 6,8 anos – período médio de acompanhamento – ocorreram 524 casos de demência (25,4%), assim distribuídos: 450 entre os 1.724 sem diabetes (26,1%) e 74 entre os diabéticos (21,6%).
Entre os participantes sem diabetes o risco de demência aumentou à medida que os níveis de glicose no sangue aumentaram: entre aqueles com glicemia de jejum de 115 mg/dL houve 18% mais demências do que naqueles com glicemia igual a 100.
Entre os diabéticos, quanto mais alta a glicemia maior o número de demências. Aumentar a glicemia de 160 para 190 mg/dL fez aumentar 40% no risco de demência.
A conclusão dos autores é enfática: “Nesse estudo prospectivo, realizado na comunidade, verificamos que níveis mais altos de glicose estão associados a aumento do risco de demência, em populações com ou sem diabetes. Os dados sugerem que níveis mais elevados de glicose podem ter efeitos deletérios no cérebro que envelhece”.
Fartura à mesa, vida sedentária, obesidade, hipertensão arterial, diabetes, demência na velhice, será esse o destino implacável de nossa espécie?