terça-feira, 6 de agosto de 2013

* Em 20 anos, 90 mil pessoas desapareceram no Brasil, segundo cálculos da Anistia Internacional


BRASIL

"Amarildo não é um caso isolado", diz especialista da Anistia Internacional

Em 20 anos, 90 mil pessoas desapareceram no Brasil, segundo cálculos da ONG de direitos humanos. Distante da sociedade, polícia brasileira é despreparada e violenta, afirma assessor de direitos humanos da Anistia.
O caso do pedreiro Amarildo de Souza, recentemente desaparecido na favela da Rocinha, é um exemplo da "cultura de brutalidade" da polícia brasileira, avalia o assessor de direitos humanos da Anistia Internacional no Brasil, Maurício Santoro.
Em entrevista à DW Brasil, o especialista destacou que milhares de pessoas desapareceram no Brasil – 90 mil somente nos últimos 20 anos – e que o caso do pedreiro só chamou a atenção por acontecer num momento em que a sociedade está mobilizada.
Não fosse o contexto atual de protestos no país, Amarildo simplesmente teria entrado nas estatísticas "como mais um homem negro e pobre, que é morto e desaparece", diz Santoro. O caso "exemplifica de modo trágico os principais dramas e contradições da política de segurança pública do Rio de Janeiro", considera.
"O governador disse que era inadmissível que um trabalhador desaparecesse após ser interrogado pela polícia. Ora, é inadmissível que qualquer pessoa desapareça após ser interrogada pela polícia, mesmo que essa pessoa seja um criminoso, o que evidentemente não era o caso do Amarildo", afirma.
Em relação ao também recente julgamento do massacre do Carandiru, o representante da Anistia Internacional avalia a condenação dos policiais como positiva, por sinalizar que uma parcela da sociedade não está mais disposta a aceitar a brutalidade policial. Os aspectos negativos são o tempo que foi necessário para que os julgamentos acontecessem e o fato de os responsáveis políticos não terem sido julgados.
Para Santoro, há um abismo entre a polícia e a sociedade brasileira. A maneira como as polícias estão organizadas dificulta o trabalho dos bons policiais, avalia. "Existem muitos policiais que querem fazer algo diferente", diz.
DW BrasilAlguns casos envolvendo a conduta das polícias brasileiras têm inspirado questionamentos sobre o preparo dos policiais e a transparência das operações. Essas discussões muitas vezes apontam para o despreparo das forças policiais brasileiras como sendo a origem desses problemas. O senhor concorda?
Maurício Santoro: Entre outros problemas, há o despreparo. Por exemplo, no caso da repressão policial aos protestos ficou muito claro, em muitos momentos, que a polícia não sabia o que fazer diante de uma situação em que tinha que dispersar uma manifestação, ou como se faz para dispersar uma manifestação, enfim, todas essas regras básicas. Houve até mesmo várias declarações, tanto da polícia militar do Rio quanto da polícia militar de São Paulo, a respeito dessa falta de preparo, reconhecendo que era necessário um treinamento melhor.
Mas a falta de preparo explica apenas parte dos problemas. Ela não explica tudo de errado que tem acontecido com a polícia. Por exemplo, quando a polícia tortura alguém, quando acontece um crime de tortura ou uma execução sumária, isso não vem da falta de treinamento. Isso vem de uma cultura de brutalidade, uma cultura de violência, da dificuldade de a polícia ser controlada e prestar contas, e também de uma relação que, em geral, é muito ruim entre a polícia e a sociedade. Isso é fruto de uma longa história de violência, de corrupção, de incapacidade de a polícia assegurar os direitos da população, de garantir a segurança do público.
Quando acontece uma situação de crise, como essa que a gente tem vivido nos últimos dois meses, esse abismo entre sociedade e a polícia fica muito mais evidente. Mas ele não nasceu agora.
Um caso recente que causou comoção nacional é o do pedreiro Amarildo, que não é visto desde que foi levado por policiais para a UPP da favela da Rocinha, em julho. Como a Anistia Internacional avalia o tratamento que as autoridades brasileiras vêm dando ao caso?
O Amarildo, infelizmente, não é um caso isolado no Brasil. A estimativa que temos é que, nos últimos 20 anos, em torno de 90 mil pessoas desapareceram no Brasil. É um número extremamente elevado. Os corpos nunca foram encontrados, esses assassinos nunca foram punidos.
O Amarildo tem um perfil muito parecido com o da situação mais vulnerável do Brasil: ele é um homem pobre, morador de uma favela. Ele só não tem o perfil clássico porque não era jovem. Ele já era um homem de 40 e poucos anos e, em geral, essa vítima tem 18, 19 e até 25 anos.
A primeira reação da polícia – quando houve a denúncia do desaparecimento – foi muito ruim, foi insinuar que ele seria um bandido porque teria uma passagem por roubo na polícia. Depois se comprovou que não era nada disso. Na verdade ele trabalhava como flanelinha e teve uma discussão com um cliente, o cliente o acusou de furto, e depois nada se comprovou.
E mesmo que ele fosse um ladrão, isso não dá à polícia o direito de desaparecer com suspeitos. Aliás, a própria fala pública do governador foi muito preocupante nesse aspecto. Ele disse que era inadmissível que um trabalhador desaparecesse após ser interrogado pela polícia. Ora, é inadmissível que qualquer pessoa desapareça após ser interrogada pela polícia, mesmo que essa pessoa seja um criminoso, mesmo que ela seja culpada, o que evidentemente não era o caso do Amarildo.
O próprio fato de ele ser levado para a UPP já é questionável. A PM não é polícia judiciária. Ele deveria ser levado para uma delegacia, ele deveria ter sido interrogado numa delegacia de polícia, e não numa UPP, também por conta dessa falta de registros, dessa falta de material para fazer um controle, uma supervisão mais séria do que está acontecendo nas UPPs [em referência às câmeras quebradas e à falta de informação dos aparelhos de GPS das viaturas].
Com a repercussão do caso, as autoridades rebatem críticas de que a imagem das UPPs estaria afetada. O que esse caso diz sobre as UPPs, na opinião da Anistia Internacional?
Na nossa visão, a UPP é um passo adiante, é uma política importante, tem dado resultados positivos, mas ela não é uma varinha de condão que vai resolver todos os problemas da polícia num passe de mágica. E uma dessas dificuldades é que a polícia que está na UPP á a mesma polícia que está no resto da cidade, envolvida numa série de ações violentas.
Não houve, por exemplo, um esforço de reforma da polícia. A polícia continua tendo uma cultura muito violenta. Em muitos casos – não em todos, mas em muitos casos – continua a ver os moradores das favelas como inimigos ou, pelo menos, como suspeitos em potencial.
Em junho, uma ação policial no conjunto de favelas da Maré resultou na morte de dez pessoas. No caso da favela da Maré, o comando nega execução, mas o caso vai passar por uma avaliação técnica. O secretário-geral da Anistia está no Brasil e visitou o local. Como o senhor vê esse tipo de ação da polícia brasileira?
Começamos a atuar na Maré por solicitação das organizações locais, que nos enviaram uma quantidade muito grande de episódios de violência policial, sobretudo com relação a revistas policiais. São denúncias de policiais abordando moradores de forma muito truculenta, tanto na rua como dentro de casa, com agressões, xingamentos, furtos de objetos ou de dinheiro. Então começamos, no final do ano passado, uma campanha na Maré chamada Sou da Maré e Tenho Direitos, dizendo o que a polícia pode e não pode fazer no ato da revista, chamando a atenção dos moradores e da própria polícia.
Há um nível bom de diálogo nosso com as organizações e sempre que eles se encontram conosco, os comandantes dizem que querem controlar os problemas, mas há uma lacuna muito grande entre essas falas da cúpula da polícia e o trabalho policial como ele de fato ocorre com o guarda na esquina, sobretudo quando essa esquina fica numa favela. Então o caso do Amarildo não é isolado, volto a dizer. Inclusive o número de desaparecimentos tem aumentado, mesmo depois das UPPs, quer dizer, as UPPs não conseguiram resolver isso.
O caso dele só chamou a atenção porque aconteceu num momento em que a sociedade está mobilizada. Se isso tivesse acontecido há um ano, não teria nem sido noticiado. Teria entrado simplesmente nas estatísticas, como mais um homem negro e pobre no Brasil, que é morto e desaparece, ninguém sabe, ninguém viu.
É claro que as pessoas que fizeram isso com ele – sejam quem forem essas pessoas, sejam policiais, sejam traficantes – não imaginaram que [o caso] teria essa repercussão. Amarildo virou um símbolo muito poderoso. Virou uma história que exemplifica de modo trágico os principais dramas e contradições da política de segurança pública do Rio de Janeiro.
Como a Anistia recebeu o resultado da segunda fase do julgamento do chamado ‘massacre do Carandiru'?
É o segundo julgamento deste ano e nos dois casos foram passos à frente importantes. Nos dois julgamentos – e gostaria de ressaltar bem esse ponto – tivemos júris populares condenando policiais por terem executado pessoas que estavam presas. Isso é um divisor de águas porque sinaliza que pelo menos setores da sociedade brasileira não estão mais dispostos a aceitar a brutalidade policial, mesmo quando ela é exercida contra pessoas que estavam na cadeia.
Isso é um sinal grande de que a sociedade brasileira está perdendo a tolerância com esse tipo de brutalidade. Os valores no Brasil estão mudando, a consciência da sociedade brasileira está mudando. Esse é o ponto positivo.
O primeiro ponto negativo é que nenhum dos julgamentos do Carandiru envolveu a responsabilidade política. Todos eles jogaram a responsabilidade desse massacre nos policiais, nas pessoas que executaram a operação, mas não existe uma apuração sobre a responsabilidade do secretário de segurança, a responsabilidade do governador do estado. Quem deu a ordem? O que era pra fazer exatamente? Isso deveria ter sido um elemento importante desse julgamento.
O segundo ponto negativo é o tempo que levou até esses julgamentos acontecerem. Estamos falando de um intervalo de 21 anos. Na verdade, muitos dos réus já morreram. Quando se leva 20 anos para ter esse tipo de condenação – que ainda está sujeita a recursos – isso também é um elemento que incentiva muito a impunidade.
Durante o julgamento, o papel da polícia, tanto nos presídios quanto nas ruas, veio à tona. A defesa alegou, entre outras coisas, a falta de estrutura da PM na época, que não forneceria segurança suficiente para os 360 policiais que invadiram o pavilhão 9. A polícia evoluiu – tanto em estrutura quanto em táticas – desde o massacre do Carandiru até hoje, acompanhando a evolução mencionada pelo senhor na mentalidade da população brasileira?
Existe uma distância grande entre a polícia e a sociedade brasileira, mas a polícia também não está isolada da sociedade. Ela também muda, ela também reflete as transformações da opinião pública. O problema é que a polícia tem mudado numa velocidade muito mais lenta do que o resto da sociedade brasileira. Houve, nesses últimos 20 anos – do Carandiru para cá –, vários processos importantes de reforma na polícia.
Eu já citei as UPPs, mas há uma série de outras tentativas de se criar uma polícia marcada por um trabalho sério de investigação e de prevenção. Eu também não quero generalizar e dizer que todos os policiais têm essa cultura da violência, porque não acho que seja assim. A importância dessa agenda da reforma policial é um tema que está em discussão dentro da própria polícia, agora com mais força por causa dos protestos no Brasil.
Com essa polícia não dá, com o tipo de instituição que temos hoje no Brasil, o modo como as polícias estão organizadas, isso incentiva o que a polícia tem de ruim e dificulta muito o trabalho dos bons policiais, das pessoas que querem fazer algo diferente. E existem muitos policiais que querem algo diferente.

DW.DE

* Dilma sanciona novo mecanismo de combate à tortura


BRASIL

Novo sistema de combate à tortura é elogiado, mas aplicação é desafio

Mecanismo sancionado por Dilma prevê inspeções independentes e sem aviso prévio em presídios e pode ser arma contra problema sistemático no país. Implementação por estados é tida por especialistas como grande obstáculo.
A denúncia de tortura de um detento num presídio federal em Rio Branco, no Acre, teve repercussão nacional na última semana. Seis agentes penitenciários são acusados de espancá-lo com marretas de borracha, deixando-o cego e tetraplégico. O caso se junta a outro, de amplitude ainda maior: o do pedreiro Amarildo de Souza, desaparecido desde 14 de julho. Há denúncias de que ele tenha sofrido maus-tratos por parte de policiais militares na favela da Rocinha, no Rio de Janeiro.
Para que abusos como os denunciados nesses dois casos não aconteçam – sobretudo entre os mais de 500 mil detentos em presídios e delegacias brasileiras – a presidente Dilma Rousseff sancionou na sexta-feira (02/08) a lei que cria o chamado Mecanismo Nacional de Prevenção e Combate à Tortura, que será composto por membros do poder executivo federal e de organizações da sociedade civil.
O mecanismo cumpre a obrigação que consta no Protocolo Facultativo à Convenção contra Tortura e outros Tratamentos ou Penas Cruéis, Desumanos ou Degradantes (OPCAT), ratificado pelo Brasil em janeiro de 2007, que exige dos países-membros a instalação de instrumentos preventivos independentes para prevenir a tortura. De acordo com a Human Rights Watch (HRW), 44 países instituíram esses mecanismos até julho de 2013.
"É um passo importante, até histórico. O problema da tortura no Brasil é, de alguma maneira, uma questão invisível. Ninguém tem dados muito confiáveis de quantas pessoas são torturadas, onde esse ato acontece, mas, em visitas a prisões, sabemos que a tortura é sistemática no Brasil", diz Lúcia Nader, diretora-executiva da ONG Conectas Direitos Humanos. “Há um problema de subnotificação dos casos de tortura. Muitas vezes o preso é torturado e não tem como denunciar, pois tem medo de ser torturado novamente.”
Participação dos estados
Para especialistas ouvidos pela DW Brasil, a eficácia da nova legislação depende das pessoas que vão ser escolhidas para compor o Mecanismo Nacional e, também, da estimulação do governo federal para que os governos estaduais implementem seus mecanismos a nível local. Esse tipo de instrumento já existe em cinco estados – Alagoas, Paraíba, Pernambuco, Espírito Santo e Rio de Janeiro –, mas só neste último ele foi tirado do papel.
A presidente Dilma sancionou a lei na última sexta-feira
“Logicamente, sem uma rede articulada que será esse sistema, é muito difícil que ele dê conta de um país da dimensão como o nosso, não só territorial, mas em relação à complexidade deste problema. Devemos lembrar que a tortura no país não é só perpetrada por agentes do estado, mas também em estabelecimentos privados”, afirma Maria Laura Canineu, diretora da HRW no Brasil.
Para ela, o mecanismo poderá combater a impunidade, já que ele vai dar repercussão nacional aos casos de tortura no país: “Se não há punição, se instaura uma cultura dessa prática. Com o mecanismo, os perpetradores serão expostos para que haja uma investigação séria e uma consequente punição.”
O governo federal submeteu o projeto ao Congresso logo após a visita ao Brasil do Subcomitê de Prevenção à Tortura (SPT), da ONU, em setembro de 2011. No relatório final, o SPT concluiu que a impunidade por atos de tortura estava disseminada no Brasil e que havia um fracasso generalizado na tentativa de levar criminosos à Justiça, assim como pela persistência de uma cultura que aceita os abusos cometidos por agentes públicos a presos.
"Estamos otimistas com a participação dos estados, mas não há um prazo para isso", diz a ministra da Secretaria Nacional dos Direitos Humanos da Presidência, Maria do Rosário. "A constituição do sistema nacional é um reconhecimento de que o Brasil precisa caminhar para superar esse problema. Vamos começar a responsabilizar os agentes públicos que usam essa prática como na época da ditadura militar."
Com a sanção da lei pela presidente, foi criado um comitê composto por 23 membros, sendo 11 do Executivo federal e 12 de organizações da sociedade civil. Com um mandato de dois anos, cada indicado terá a função de monitorar os trabalhos do mecanismo e acompanhar a implementação de suas recomendações. Os cargos não serão remunerados.
O mecanismo será ligado ao comitê e composto por 11 técnicos e peritos com formação superior e experiência na área. Eles serão responsáveis por visitar os locais a fim de monitorar e prevenir a tortura. O trabalho dos peritos será remunerado e eles terão mandato de três anos.
Carta branca
Os peritos terão carta branca para inspecionar, sem aviso prévio, qualquer local de internação de longa permanência e de privação de liberdade, como prisões, clínicas para dependentes químicos, hospitais psiquiátricos, centros militares de detenção, casas de custódia e instituições sócio-educativas para adolescentes.
População carcerária brasileira tem cerca de 500 mil detentos
Os membros do Mecanismo Nacional poderão entrevistar pessoas reservadamente, acessar documentos, além de registrar, através de vídeo, fotos ou áudios, todas as informações que julgarem pertinentes. Eles também podem estar acompanhados de técnicos. Depois de cada visita, os membros do Mecanismo vão ter até 30 dias para entregar um relatório ao comitê, sendo que esses documentos serão públicos. Caso seja necessário, eles também podem abrir processos criminais e administrativos, além de solicitar perícias, sugerir alterações na lei e propor políticas públicas.
"Claro que a lei autoriza os especialistas a entrarem em todos os recintos, mas, como sabemos, existe uma longa distância no Brasil entre aquilo que está na lei e a maneira como esta lei é implementada na prática", analisa Maurício Santoro, da Anistia Internacional no Brasil. "Poderá haver omissão de informações por parte das autoridades locais, uma tentativa de dissociar o trabalho destes peritos e até mesmo intimidações, ameaças, tudo isso é uma possibilidade forte."

* Evo Morales culpa frango de granja por homossexualidade e calvície

Presidente afirma que 'hormônio' dado às aves afeta os homens e as mulheres


O presidente da Bolívia, Evo Morales, surpreendeu sua audiência ao assegurar que os frangos de produções industriais são responsáveis pelos "desvios" dos homens para a homossexualidade e para a calvície na Europa.
Evo acena durante comemoração do Bicentenário da Independência da Venezuela - Carlos Garcia Rawlins/Reuters
Carlos Garcia Rawlins/Reuters
Evo acena durante comemoração do Bicentenário da Independência da Venezuela
Na abertura de uma cúpula social que realiza em seu país para discutir a mudança climática, o líder boliviano atacou a criação intensiva de aves com essas afirmações e outras, sobre os supostos prejuízos à saúde da Coca-Cola e das batatas holandesas.
Segundo o mandatário, os frangos são engordados com hormônios femininos. "O frango que comemos está carregado de hormônios femininos. Por isso, os homens que comem esses frangos têm desvios em seu ser como homens", disse Morales a milhares de pessoas na abertura da Conferência Mundial dos Povos sobre a Mudança Climática e os Direitos da Mãe Terra.
Ele também acrescentou, às as consequências desse tipo de alimento, a calvície, e profetizou: "Em cinquenta anos, todo mundo será calvo". Segundo o presidente, esses dados demonstram que o "ocidente cada vez mais traz mais e mais veneno".
A ideia de que hormônios são adicionados às aves em criações comerciais é considerada um mito sem fundamento por especialistas.

"O frango que comemos está carregado de hormônios femininos. Por isso, os homens que comem esses frangos têm desvios em seu ser como homens."
- Evo Morales


VEja o vídeo:

* Congresso promulga autonomia das defensorias públicas da União e do DF

Karine Melo, Repórter da Agência Brasil
Brasília – A Emenda Constitucional 74/2013 que garante autonomia administrativa e funcional às defensorias públicas da União (DPU) e do Distrito Federal foi promulgada nesta terça-feira (6) em sessão solene do Congresso Nacional.
A proposta altera o Artigo 134 da Constituição e corrige uma distorção que existia desde a reforma do Judiciário, em 2004. À época, a Emenda 45 concedeu autonomia administrativa, financeira e funcional às defensorias públicas estaduais, mas não deu o mesmo poder às defensorias da União e do Distrito Federal
A partir de agora, essas defensorias também poderão ter a iniciativa de realizar sua proposta orçamentária dentro dos limites estabelecidos na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO).
Para o defensor público-geral federal, Haman Códova, a iniciativa muda a percepção da Defensoria Pública em âmbito nacional e dá ao órgão a possibilidade de melhorar o atendimento à população carente de Norte a Sul do país.
“É claro que, da noite para o dia, não vai haver um aumento absurdo e desproporcional de atendimentos, mas agora teremos um crescimento sustentável que estava limitado por falta dessa autonomia”, garantiu.
Ainda segundo Haman, 78% dos municípios-sede de vara federal não têm defensor da União. “Isso é negar o acesso à Justiça a pessoas carentes”, criticou.
A DPU tem hoje 480 defensores, mas com a aprovação, este ano, da Lei 12.763/2012, que cria 789 cargos a mais na carreira, a expectativa é de que, em até cinco anos, sejam 1,2 mil profissionais em atividade de Norte a Sul do país em todos os municípios-sede de Justiça Federal.
No passado, a DPU fez 1,250 milhão de atendimentos. Esse ano, o número deve crescer 17%. As causas mais comuns são as previdenciárias e as ligadas à Caixa Econômica Federal.
“A defensoria publica não é uma máquina desgovernada de ajuizamento de ações. Como sabemos das dificuldades do Poder Judiciário, nós temos a preocupação de resolver administrativamente o conflito, antes de levar à Justiça”, explicou Haman. Para facilitar essa negociação, neste ano a DPU assinou termos de cooperação com o Instituto Nacional do Seguro Social e com a Caixa Econômica Federal.

* Informativo do Conselho da Aty Guasu Guarani-Kaiowá

Aty Justiça e Paz
No dia 05/08/2013, sem a resposta do governo e justiça do Brasil ,a comunidade Guarani e Kaiowa de Tekoha Pyelito Kue/Mbarakay-Iguatemi-MS retomou/reocupou uma parte de seu tekoha território tradicional, mas à noite comunidade voltou e recuou da retomada para aguardar o resultado da reunião do governo federal que está prevista para o dia 07/08/2013 no ministério da justiça.
Segue os motivos principais que levaram a comunidade Guarani e Kaiowa a começar a retomada de Pyelito Kue/Mbarkay:
Carta da comunidade Guarani-Kaiowá de Pyelito Kue/Mbarakay-Iguatemi-MS para o Governo e Justiça do Brasil
Nós (60 homens, 60 mulheres e 80 crianças) comunidades Guarani-Kaiowá originárias de tekoha Pyelito kue/Mbrakay, mais uma vez viemos através desta carta apresentar a nossa situação mísera e isolamento na margem do rio e cercado de riacho e lama onde já sobrevivemos isolados e sem estrada e entrada há mais de um ano. Estamos isolados em 1 hectare de riacho e cercado de lama. Há mais de dez anos, reivindicamos ao governo federal e justiça a posse de nossa terra antiga para morar de formas mais dignas, precisamos cultivar e produzir os nossos alimentos. Faz um ano, pedimos a entrada de assistência à nossa saúde no acampamento, pedimos escola, mas até os dias de hoje não recebemos as nossas reivindicações, as nossas demandas estão sendo ignorados pela justiça e estamos enrolados pelo governo. Por isso decidimos retomar a nossa tekoha. 
A Justiça Federal determinou a entrada de assistência para nós, mas os fazendeiros não permitem a entrada de assistência para nós Guarani e Kaiowá de Pyelito kue/Mbarakay, fazendeiros continuam fechando a porteira da ambulância, de assistências sociais, os jagunços das fazendas ameaçam nossas comunidades que circulam pela área, eles soltam cachorros bravos e lançam tiros sobre os indígenas para intimidar as nossas circulações dos Guarani e Kaiowa pela área antiga. Há mais de vinte anos demandamos as nossas terras antigas tekoha, estamos aguardando a posse de nossas terras tradicionais que já foi identificadas e delimitadas em janeiro de 2013.
Diante de nossas situações relatadas, no dia 05 de agosto de 2013, após aguardar a decisão do governo e justiça, às 15h00min, quando não recebemos nenhuma decisão do governo e da Justiça Federal começamos a reocupar uma parte de nosso território demarcado. À noite, recebemos a comunicação oficial de Brasília-DF que a solução para nossa terra Pyelito Kue/Mbarakay sairá no dia 07 de agosto de 2013. Frente à comunicação, voltamos ao nosso acampamento na margem do rio (1 hectare) para aguardar o encaminhamento do governo e justiça federal sobre a posse de nossa tekoha Pyelito kue/Mbarakay.
Aqui em nosso acampamento na margem do rio, já sofremos muito e estamos todos isolados, massacrados, doentes e morrendo. Já decidimos em reocupar a nossa terra antiga onde seremos mortos pelos pistoleiros das fazendas. Sabemos que seremos expulsos e violentados daqui de nossa terra antiga pelos pistoleiros ou policiais, porém vamos retomar a nossa terra tradicional, essa é a nossa decisão. Como um povo nativo e indígena histórico, decidimos em retomar o nosso tekoha, não vamos mais aguardar não, já aguardamos há duas décadas, a justiça e governo do Brasil estão enrrolando nos indígenas Guarani e Kaiowá. Não temos outra opção, vamos retomar sim o nosso tekoha, esta é a nossa última decisão unânime diante de nossas situações míseras e isolamentos.
Atenciosamente,
Guarani-Kaiowá de Pyelito Kue/Mbarakay-Iguatemi-MS
Tekoha Pyelito kue/Mbarakay, 05 de julho de 2013

* PSTU denuncia Black Blocs como grupo provocador nas manifestações

PSTU foi primeiro partido a criticar Black Blocs abertamente. Para legenda, grupo provoca a repressão policial e é responsável por acabar com diversas passeatas
Black Blocs: eles se identificam como anarquistas e autonomos,  e “levantam a bola” para a repressão e o fascismo

Via O Estado de S. Paulo

“A verdadeira revolução é a ação das massas, não a de pequenos grupos.” A afirmação é de um documento do PSTU, primeiro partido a criticar abertamente a ação dos Black Blocs. Conforme o documento, “nas grandes mobilizações, houve momentos em que milhares de pessoas se defenderam como puderam dos ataques violentos da polícia. Naturalmente, acreditamos que essas atitudes foram totalmente legítimas”.
“Os Black Blocs, porém, têm uma ação distinta. Entram nas passeatas e, sem que tenha havido nenhuma deliberação por parte dos manifestantes ou dos grupos que organizaram o protesto, atacam de forma provocativa a polícia, que reage, sistematicamente, reprimindo e acabando com as mobilizações. Agem como provocadores da repressão policial, tendo sido responsáveis, muitas vezes, por acabar com várias passeatas.”

Black Blocs já se articulam em 23 Estados do País

Bruno Paes Manso - O Estado de S. Paulo
No Maranhão, os integrantes da página dos Black Blocs no Facebook contam a história da Balaiada, movimento popular rebelde formado por "escravos aquilombados e caboclos" que tomou a segunda maior cidade do Maranhão no século 19. Os de São José dos Campos colocaram na internet a imagem da "mãozinha do curtir" segurando um coquetel molotov.
Confronto entre manifestantes e PM em ato em São Paulo - Daniel  Teixeira/AE
Daniel Teixeira/AE
Confronto entre manifestantes e PM em ato em São Paulo
Já os goianos, assim como os demais, se dizem anarquistas e afirmam que "sua "pátria é o mundo inteiro" e "sua lei é a liberdade". No Pará, a bandeira brasileira está pintada de preto e vermelho, com o "A na bola", símbolo do anarquismo, no lugar do Ordem e Progresso.
Quase dois meses depois do começo dos protestos do Movimento Passe Livre (MPL), discussões virtuais e presenciais sobre o uso da violência como estratégia política nas manifestações de rua já são feitas em 23 Estados. Por enquanto, só Amapá, Tocantins, Sergipe e Acre ainda não têm fóruns de internet dos Black Blocs.
A página mais popular dos Black Blocs no Facebook é a do Rio, com mais de 18 mil seguidores. Em São Paulo, além da capital e de São José dos Campos, outras cinco cidades têm fóruns de discussão anarquistas (Ribeirão Preto, Rio Preto, Rio Claro, Piracicaba e Sertãozinho). Os cearenses fizeram o documentário "Com Vandalismo", sobre as ações do grupo na Copa das Confederações, com mais de 50 mil acessos no YouTube.
No 7 de setembro, Dia da Independência do Brasil, eles pretendem promover um "badernaço" nacional. A articulação vem sendo feita na página do Black Bloc Brasil, com quase 40 mil seguidores. "Muitos dos jovens que estão usando essa estratégia da violência nas manifestações vieram das periferias brasileiras. Eles já são vítimas da violência cotidiana por parte do Estado e por isso os protestos violentos passam a fazer sentido para eles", afirma o professor Rafael Alcadipani Silveira, coordenador de pesquisas organizacionais da Fundação Getúlio Vargas (FGV-SP). Silveira tem acompanhado as discussões virtuais dos anarquistas e esteve nos últimos dois protestos.
História. Inspirada inicialmente em ativistas alemães, que atuavam de preto e com máscaras de gás como segurança nas manifestações nos anos 1990, a estética e ação Black Bloc se fortaleceu principalmente depois de ganhar os Estados Unidos, onde o pacifismo era discurso hegemônico graças às vitórias nas lutas pelos direitos civis, lideradas por Martin Luther King Júnior, e às passeatas hippies contra a Guerra do Vietnã, sob o lema "faça amor, não faça guerra".
Atos de depredação em Seattle, em 1999, que impediram diversos delegados de chegarem à reunião da Organização Mundial do Comércio (OMC), conseguiram provocar o debate sobre o papel da violência nas manifestações. Uma das referências do debate foi o livro Como a não-violência protege o Estado, do ativista americano Peter Gelderloos, que já passou duas temporadas em prisões americanas e espanholas.
Esses manifestantes passaram a argumentar que depredação não é violência, mas uma intervenção simbólica que atinge o cerne do capitalismo: a proteção à propriedade. De acordo com essa filosofia, seriam atos violentos somente as ações que ferem os indivíduos.
"Depois de Seattle, os movimentos sociais passaram a aceitar a violência como uma das estratégias políticas e a debater abertamente a questão", explica o filósofo Pablo Ortellado, coautor do livro Estamos Vencendo! (Conrad), sobre os movimentos autonomistas no Brasil. Além da estratégia dos Black Blocs, há nos movimentos globais as ações lúdicas e festivas (chamadas de Pink Blocs), estratégias no Brasil representadas pelas Paradas Gays, Marchas da Maconha e das Vadias, e as pacifistas (White Blocs).
"Não se pode dizer que alguém é do grupo Black Bloc, já que se trata de uma estratégia de ação. Ainda que seja adepta da violência nas manifestações, a pessoa pode variar suas atitude conforme a situação. As ações nas ruas podem ser de resistência e pacifistas, conforme a necessidade. O integrante de um coletivo, por exemplo, pode usar essas diferentes formas de ação de acordo com o protesto", explica um integrante do coletivo Desentorpecendo a razão, que pediu para não se identificar. "Não há repressão na Parada Gay, por exemplo. Por isso, nunca haverá Black Blocs nesse evento."
Na atual fase brasileira, onde o Estado está em descrédito, a moda da violência e da anarquia acabou pegando mais do que as outras, contagiando rapidamente a nova geração de jovens. Ortellado acredita que é só uma fase, já vivida pela Argentina e pela Espanha em épocas de crise política. "São momentos de indignação", diz. A violência, no entanto, costuma escurecer qualquer bola de cristal.

* Cientistas descobriram a realidade sobre o ataque ao World Trade Center e cai versão de Bush!


Cai por terra a versão do Governo Bush sobre 09/11
Cientista encontra explosivos Nano Thermite em destroços do WORLD TRADE CENTER !!!
‘A ganância do ser humano não tem limites…’
Uma equipe de oito pesquisadores liderados pelo professor Niels Harrit da Universidade de Copenhaguem (Dinamarca), comprovaram a existência de explosivos altamente tecnológicos em amostra dos escombros das torres gêmeas e do prédio 7.
Essa pesquisa vem a confirmar um trabalho semelhante previamente executado pelo professor Steven Jones nos Estados Unidos. Outras matérias que que vem de encontro a esse achado são as do time de Arquitetos para o 911.
Com esse achado se explica a queda livre dos prédios num processo de demolição. Os aviões não poderiam derrubar as torres gêmeas devido a temperatura do combustível não ser suficiente para derreter aço. O impacto também não pode ter afetado a estrutura no nível afirmado pelo governo americano, uma vez que o prédio foi desenhado para suportar aviões daquele tamanho. Ferro derretido na base dos prédios ficou vivo por várias semanas.
E por três meses fotos infravermelha de satélites mostraram bolsões de alto calor nas três torres. Larry Silverstein comprou o leasing do WTC entre 2000 e 2001. dois meses antes do “ataque” ele assegurou os prédios em dois bilhões de dólares contra ataque terrorista, algo como todos sabemos um tanto incomum. O ataque 911 serviu para:
1. Criar ódio contra os arabes e fomentar as guerras americanas na saga pelo óleo e a hegemonia Israelense no Oriente Medio. Tambem chamado False-Flag.
2. Desaparecer com 1,5 trilhões de dolares a fundo perdido das contas do Pentágono (Rumsfeld declarou um dia antes).
3. Documentos provas contra a Enron que desapareceu n aqueda do predio 7.
4. Auto-pagar os empreiteiros, talvez via Larry Silverstein e a fortuna que ele arrecado de seguro. Existem evidências que agentes do Mossad (serviço israelense) foram capturados no dia, alguns comemorando a queda do topo de uma van, e outros carregando explosivos. Todos foram libertados pelo FBI. (essa informação precisa ser confirmada). .
inglês:
A team of eight researchers led by Professor Niels Harrit University of Copenhagen (Denmark), proved the existence of high-tech explosives in a sample from the rubble of the twin towers and building 7. This survey is to confirm similar work previously carried out by Professor Steven Jones in the United States. Other substances that comes against this finding are the team of Architects 911. With this finding explains the freefall of the buildings in the process of demolition. The planes could not take down the twin towers because the fuel temperature is not enough to melt steel. The impact can not have affected the structure at the level stated by the U.S. government, since the building was designed to withstand aircraft of that size. Molten iron at the base of the building was alive for several weeks. And for three months infrared satellite photos showed pockets of high heat in three towers. Larry Silverstein bought the lease of the WTC between 2000 and 2001. two months before the “attack” he assured the buildings at two billion U.S. dollars against terrorist attack, as we all know something somewhat unusual. The attack served to 911:
1. Create hatred against Arabs and promote America’s wars for oil in the saga and Israeli hegemony in the Middle East. Also called False-Flag.
2. Disappear with 1.5 trillion U.S. dollars of lost fund accounts of the Pentagon (Rumsfeld said the day before).

Vejam os vídeos:





Neste link vai encontrar o que comprova o que esta sendo noticiado pela comunidade científica:http://www.benthamscience.com/open/tocpj/articles/V002/7TOCPJ.htm?TOCPJ%2F2009%2F00000002%2F00000001%2F7TOCPJ.SGM