domingo, 25 de janeiro de 2009

* BBC mostra pontos polêmicos da nova Constituição da Bolívia

Morales votou numa escola na Villa 14 de Setembro, na região do Chapare, no Estado de Cochabamba, no centro da Bolívia.


Segundo o presidente Evo Morales, a nova Carta Magna vai representar a refundação da Bolívia, mas a oposição alega que o texto tem passagens vagas sobre a posse de terras e pode dividir a sociedade boliviana ao estabelecer novos direitos para os povos indígenas.

A BBC Brasil destacou alguns dos pontos mais polêmicos do projeto constitucional que será votado neste domingo.

Os índios serão uma casta superior e independente

Mais de 80 dos 411 artigos da nova Constituição proposta pelo governo tratam da questão indígena no país.

Pelo texto, os 36 povos originários (aqueles que viviam na Bolívia antes da chegada dos europeus), passam a ter participação ampla efetiva em todos os níveis do poder estatal e na economia.

A nova Carta aprovada, determina que a Bolívia passará a ter uma cota para parlamentares oriundos de povos indígenas, que também passarão a ter propriedade exclusiva sobre os recursos florestais e direitos sobre a terra e os recursos hídricos de suas comunidades.

Em um de seus pontos mais polêmicos, o texto também estabelece a equivalência entre a justiça tradicional indígena e a justiça ordinária do país.

Cada comunidade indígena terá seu próprio tribunal, com juízes eleitos entre os moradores. As decisões destes tribunais não poderiam ser revisadas pela Justiça comum.

Ao mesmo tempo, em épocas eleitorais, os representantes dos povos indígenas poderam ser eleitos a partir das normas eleitorais de suas comunidades.

Também será criado um Tribunal Constitucional plurinacional, (Supremo Tribunal Federal) que teria membros eleitos pelo sistema ordinário e pelo sistema indígena.
Membros da oposição argumentam que os direitos estabelecidos para os povos indígenas dividirão o país ao criar duas classes distintas de cidadãos.


. TERRA – tamanho da propriedade rural

As populações indigenas, amplamente beneficiadas com a nova ordem constitucional, são os mais fiéis eleitores do também indio Evo Morales



Os bolivianaos decidiram também nesse referendo que as propriedades rurais no país terão limites de 5 mil hectares, derrotando a possibilidade de 10 mil hectares.


Assim, aqueles que, no futuro, adquirirem uma quantidade de terra maior que a aprovada, poderão perdê-la. A medida não será retroativa, ou seja, não afetará os atuais proprietários. Mas o novo texto estabelece que a terra tenha uma função social, segundo os oposicionistas, o novo dispositivo pode permitir que o governo confisque terras quando bem entender.





.Reeleição



O projeto ainda estabelece a possibilidade de o presidente concorrer a dois mandatos consecutivos, o que é proibido pela atual Constituição.

Assim, a aprovação do texto no referendo abrirá caminho para que Morales convoque novas eleições e concorra novamente ao cargo de presidente.



Divisão territorial



O texto constitucional muda o mapa político da Bolívia.

Embora a atual Constituição do país já estabeleça níveis de descentralização política, o novo texto prevê a divisão em quatro níveis de autonomia: o departamental (equivalente aos Estados brasileiros), o regional, o municipal e o indígena.


Pelo projeto, cada uma dessas regiões autônomas poderia promover eleições diretas de seus governantes e administrar seus recursos econômicos.


A oposição alega que isto dividiria o país em 36 territórios e diminuiria as autonomias dos Departamentos (Estados).


No ano passado, quando o país esteve à beira de uma guerra civil, os principais líderes da oposição a Morales eram os prefeitos (governadores) dos Departamentos de Santa Cruz, Tarija, Chuquisaca, Beni e Pando, a regiões mais ricas do país e que terão seus poderes diminuídos.





Recursos naturais



Pelo projeto constitucional, os recursos naturais passam a ser propriedade dos bolivianos e não mais do Estado, como diz a Constituição atual.

Segundo o artigo 349 do projeto, caberá ao Estado administrar (os recursos naturais) em função do interesse público.


O texto também estabelece que recursos como o gás não podem ser privatizados e que recursos energéticos só podem ser explorados pelo Estado.


Recursos hídricos também não poderão ser privatizados e está inclusive proibida a sua exploração por meio de concessão.




Cultivo da Coca



Imagens com essa causa calafrios no Departamento Antidroga dos Estados Unidos (DEA): comprador inspeciona sacos de folhas de coca no mercado em La Paz. Os bolivianos mascaram coca durante séculos para aliviar a fadiga causada pela altitude. Recentemente produzem também novos produtos baseados na planta, apoiado pelo Presidente da Bolívia Evo Morales, um ex-produtor de coca.


O cultivo da coca, vegetal típico da Bolívia e que pode ser usado para a produção de cocaína, recebe proteção especial no novo projeto constitucional.

O texto diz que o Estado protege a coca originária e ancestral como patrimônio cultural, recurso natural renovável e fator de coesão social.


O projeto também estabelece que a produção, comercialização e industrialização da folha de coca serão regidas por lei.



.Política externa


A Bolívia perdeu sua única saída para o mar após a chamada Guerra do Pacífico (1879-84), quando, ao lado do Peru, lutou contra o Chile.

O novo projeto constitucional, no entanto, estabelece o direito irrenunciável e imprescritível sobre o território de acesso ao Oceano Pacífico, o que pode causar desavenças com o país vizinho.

Além disso, o texto estabelece que tratados internacionais sobre temas sensíveis sejam submetidos a referendo e proíbe a instalação de bases militares estrangeiras em seu território.



. Religião


O projeto constitucional do governo Morales estabelece que o Estado seja laico e destitui o catolicismo da condição de religião oficial da Bolívia.

Os católicos argumentam que pelo previsto em alguns dispositivos constitucionais, será permitida a aprovação do aborto e o casamento entre homossexuais, no país.

* Evo Morales fez acusações contra CNN e jornalista contesta


A correspondente da CNN na Bolívia, Gloria Carrasco, contestou o presidente Evo Morales, diante de toda a imprensa internacional, mandando-o provar, repetidas vezes, acusações contra a empresa para a qual trabalha

Foto: Divulgação CNN


Evo Morales se queixou durante uma entrevista coletiva no palácio Presidencial Quemado de La Paz, de uma informação que, segundo ele, a CNN teria divulgado a respeito do estabelecimento de relações diplomáticas entre Bolívia e Irã em setembro de 2007.
Segundo Morales, a CNN teria classificado o fato de aliança do narcotráfico e terrorismo, colocando na tela fotografias dos presidentes da Bolívia e do Irã (Mahmud Ahmadineyad).

A correspondente da CNN em La Paz, Gloria Carrasco, presente na coletiva, pediu a Morales um esclarecimento, começando neste momento a discussão.

Morales estava relaxado no início da coletiva, que começou com brincadeiras com os jornalistas e uma advertência: Cuidado com a sapatada, disse em referência ao incidente com o ex-presidente americano George W. Bush no Iraque.

Pedi ao Departamento de Estado que esclareça esta informação divulgada pela CNN (.) eu pedi uma cópia e não me enviam a cópia, disse o presidente boliviano.
Foto: Getty Images/AFP
MOTIVO DA POLÊMICA: Evo Morales e o Presidente do Irã Mahmud Ahmadineyad em setembro de 2007

Diga a data e o dia da notícia, respondeu a correspondente boliviana, com Morales respondendo: Foi uma reportagem nos Estados Unidos, negar isso seria grave (.), eu vi pessoalmente.
A repórter voltou a perguntar: quando foi?, ao que o presidente boliviano, já visivelmente irritado, afirmou: digo a verdade e tenho o direito de dizer a verdade.
Morales assinalou que o mundo inteiro sabe qual a orientação da CNN.

Mas a correspondente da emissora americana não recuou e exigiu: Tem que provar o que diz. Morales contestou: Peço a você como mulher que diga a verdade.

Carrasco voltou a insistir: A você também peço o mesmo.

Eu sempre digo a verdade, por isso estou na presidência, conclui o presidente boliviano, dando um ponto final ao ácido diálogo, testemunhado por quase 50 jornalistas estrangeiros.

* Raul Jungman criticando Reforma Agrária do Governo Lula

Reforma Agrária DE REVOLUCIONÁRIOS A BARNABÉS
Raul Jungmann
Fonte: O Estado de S. Paulo
Fotos:Luciney Martins
O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) teve o mérito de colocar a reforma agrária na ordem do dia no governo Fernando Henrique Cardoso e o demérito de retirá-la no governo Lula.
FHC prometeu e assentou 600 mil famílias e distribuiu 22 milhões de hectares de terra; criou o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), o Banco da Terra e o Programa Nacional de Fortalecimento de Agricultura Familiar (Pronaf), o maior programa de alívio da pobreza rural; realizou a mais extensa mudança na legislação fundiária desde o Estatuto da Terra, de 1964. Além disso, instituiu o rito sumário nas desapropriações, reformou o Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (ITR) e editou uma Lei de Terras, ferindo de morte o latifúndio, e cassou o registro administrativo de todos os grandes latifúndios do País (cerca de 93 milhões de hectares).
Ao final dos seis anos em que estive à frente do MDA, os superintendentes do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) nos Estados eram nomeado apenas por mérito. E todos na estrutura tinham de abrir mão de seu sigilo fiscal e bancário ao assumirem cargos de chefia. Era proibida a nomeação de parentes.

Nenhum massacre de sem-terra tornou a ocorrer após Eldorado dos Carajás, de tristíssima memória. Nenhum escândalo de desapropriação fraudulenta de terras ou corrupção pipocou. As invasões de propriedades foram caindo até alcançarem o seu mais baixo nível em décadas - resultado, em parte, da edição da medida provisória (MP) das invasões de terra, que determinava a retirada do Programa de Reforma Agrária, por dois anos, de qualquer área invadida.

E o governo Lula, o que fez e faz?

Antes de Lula chegar ao poder, li uma entrevista em que ele garantia que, se eleito, "faria a reforma agrária de uma canetada só". Sorri e tive raiva, ao mesmo tempo, por causa da evidente demagogia. Até hoje a reforma agrária do sr. Lula tem seguido, em linhas gerais, a do governo FHC - embora menor, menos criativa e menos republicana. Não se mudou uma vírgula na legislação agrária herdada, acidamente criticada pelo PT e por seu braço no Movimento dos Sem-Terra durante anos a fio. Tampouco houve alteração no MDA e no Incra. Onde se deu alguma mudança foi para pior. Todos os cargos comissionados do Ministério e do Incra, sem exceção, voltaram a ser preenchidos por indicação política dos movimentos sociais ou partidos da base do governo. Acabou a exigência de se abrir mão do sigilo bancário e fiscal para ocupar chefias.
Os números de assentamentos e de hectares de terra distribuídos são claramente inferiores, ainda que o volume permaneça razoável. Já os conflitos e assassinatos por causa da terra explodiram no início do atual governo, fruto da expectativa (frustrada) da reforma de uma canetada só. Em seguida, estabilizaram-se em patamares mais baixos, sem chegar, entretanto, ao nível dos anos finais do governo FHC. O Banco da Terra, que motivara uma enorme campanha de desqualificação por parte do MST, foi rebatizado de "Crédito Fundiário". No Nordeste, berço das Ligas Camponesas e da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), programa de assentamentos resultante da transposição do Rio São Francisco não será implantado - ao menos no atual governo.

A MP das invasões não foi revogada, mas também não é cumprida. Sempre haverá algum governista a bradar que os recursos destinados à reforma agrária são maiores no governo Lula. Claro. O País cresceu, a arrecadação de impostos e o orçamento global, idem. E há ainda a questão da produtividade da terra. O governo Lula assumiu compromisso com o MST de rever os índices que medem a produtividade agrária, de modo a ampliar o estoque de áreas improdutivas. É risível! Sabíamos, por experiência própria, que o empresariado rural vai à guerra antes de admitir tal mudança, a qual incendiaria, de verdade, o País. Resultado: mais uma promessa que não deu em nada.

E o que faz o MST diante desse quadro?

Perdeu o rumo, o prumo e a razão de ser: derrotar e, se possível, derrubar o governo Fernando Henrique. Isso é cristalino quando se comparam os dois governos e a atuação do movimento. Fosse a reforma agrária razão de ser real do MST, seu desempenho no governo Lula seria mais agressivo que no de FHC. Haveria mais pressões. Mas ocorre justamente o contrário. Por quê?

Presidente Lula e João Pedro Stédile dançando conforme a música
Este governo é do MST, que o ajudou a "chegar lá". Ainda que verbalize, aqui e acolá, contrariedades e críticas periódicas ao Programa de Reforma Agrária, tudo é muito bem comportado e dentro de limites traçados no Planalto pelo ministro Luiz Dulci. Sabem os sem-terra que a alternativa real a Lula é o PSDB, pois eles não têm alternativa política ao que "está aí".
Em segundo lugar, o governo fez do MST um movimento governista por meio de ampla cooptação, via aparelhamento do Incra e suas superintendências e do MDA. De quebra, abriu como nunca as burras do Tesouro ao movimento, por intermédio de praticamente todos os seus Ministérios, autarquias e estatais. Resultado: grande parte das lideranças intermediárias e superiores do MST foi cooptada. Tem cargo comissionado, virou chapa-branca, aburguesou-se...

Por fim, os programas sociais de transferência de renda, do tipo Bolsa-Família, criados no governo anterior e ampliados no atual, têm o condão de secar as fontes de recrutamento do MST. Moral da história e ironia do destino: o presidente que ia fazer a reforma agrária de uma canetada só não a fez, nem com todo o estoque de tinta do Palácio do Planalto. Tem tudo para passar à história como o verdugo, ainda que não intencional, do MST.

Já João Pedro Stédile, quem diria, de incendiário e revolucionário no governo FHC virou barnabé no governo do camarada Lula.



*Raul Jungmann é Deputado federal (PPS-PE), foi Ministro do Desenvolvimento Agrário (1999/2002) no Governo Fernando Henrique Cardoso






* Obama ameaçado: racismo e revanchismo ainda preocupam!

Foi grande o amparato de segurança para a posse de Obama e muito antes dele ser eleito. E mais esquemas de segurança serão mantidos de agora em diante.
Uma "perfeita tempestade" de fatores se avizinha nos próximos meses, o que fará com que a segurança especial em torno de Obama seja mantida por bastante tempo ainda, declarou Mark Potok, diretor do Projeto de Inteligência do centro Southern Poverty Law (SPLC), que monitora grupos racistas. Entre os fatores externos se incluem a recessão econômica, que pode alentar o ódio de grupos extremistas nos Estados Unidos, alguns do quais estão "indignados pela presença de um homem negro na Casa Branca", disse Potok. Obama começou a receber proteção especial 18 meses antes da eleição de 4 de novembro de 2008, antes de qualquer outro candidato. O SPLC informou que o Serviço Secreto responsável pela segurança dos presidentes reconhece que Obama recebeu mais ameaças que qualquer presidente eleito da história americana.

Exemplo disso foi a prisão, dias antes da eleição, de dois homens brancos racistas no Estado do Tennessee, por planejar assassinar Obama. Os ataque e as ameaças aumentaram de forma considerável desde sua vitória. Houve ataques físicos, queima de cruzes --ação típica de grupos racistas brancos do sul associados a Ku Klux Klan-- e até estudantes de segundo grau que cantaram "assassinem Obama" em um ônibus escolar no Estado de Idaho em novembro passado. Potok acrescentou que bonecos imitando Obama foram enforcados em numerosas oportunidades e que um morador da Califórnia foi preso na semana passada por colocar uma nota na internet que predizia que "Ele [Obama] terá uma calibre 50 [bala] em sua cabeça em breve". A cor da pele do novo presidente se soma às preocupações sobre a segurança em um país com mais de 200 milhões de armas legalmente adquiridas, cerca de 30 mil mortes por armas de fogo ao ano e onde já foram assassinados quatro presidentes. Fred Burton, vice-presidente de antiterrorismo e análises de inteligência geopolítica da agência privada de inteligência Stratfor disse que "o problema é uma coisa quando se conhece a ameaça potencial e há pistas as seguir", mas o desafio é outro "quando se buscam fantasmas." Obama disse ao jornal "The New York Times" durante a campanha eleitoral: "Tenho a melhor proteção do mundo... então, parem de se preocupar".


Mas as medidas de impacto logo no início do governo dividem opiniões nos Estados Unidos. Além dele ser descendente de muçulmanos, algo já em pauta nas charges de opositores descontentes com sua eleição (veja a absurda figura abaixo).

Por ser descendente de muçulmanos e por ter o nome HUSSEIN no sobrenome (o mesmo de Sadan Hussein), extemistas acusam Obama de conivente aos terroristas.

Outro absurdo é vincular um político negro ao nazismo que muito perseguiu negros e judeus.
Embora mostrando princípios critãos nos seus discursos, uma minoria de opositores de Obama o acusam até de anti-cristo, numa propaganda difamatória de politicagem imunda!
Hoje, no Jornal O ESTADO DE SÃO PAULO: Inspirado em Roosevelt, Barack Obama quer marcar os cem primeiros dias de seu mandato com medidas de impacto. A idéia é aprovar leis em regime de emergência, relata a correspondente Patrícia Campos Mello. (págs. 1 e A12).

E JORNAL DO BRASIL falou sobre o perigo do racismo:

Obama e o legado racial
As regiões onde Barack Obama perdeu para John MacCain correspondem aos antigos estados confederados e escravistas, que se opuseram a Abraham Lincoln e à sua política de combate à escravidão. (págs. 1 e Ciência Hoje A32)


Vamos torcer para que essa "maior segurança do Mundo", citada por Obama, seja eficiente e que Deus o abençoe. Diante de algumas medidas em prol dos Direitos Humanos, com certeza ele é forte candidato ao Prêmio Nobel da Paz, principalmente ao anunciar o fim às caças aos terroristas e estímulo ao uso de energia limpa (algo que fere os interesses dos megaempresários envolvidos com o comércio de armas, petróleo e energia atômica)!
Nesta charge com título AS SEIS PALAVRAS QUE DEVEM REALMENTE ESPANTAR O INFERNO DA AMÉRICA SÃO... BARACK HUSSEIN OBAMA COMANDANTE EM CHEFE. No balão com a frase direcionada a sua figura, Obama diz que o país não precisa de militar e ele é um Messias e Salvador do Mundo e haverá paz no mundo porque ele quer! E nas figurinhas à esquerda, soldados elogiam McCain e dizem que Obama estava fumando maconha e cheirando cocaína. Assim podemos ver como os opositores derrutados não se aquietaram.

A capa da revista The New Yorker de Julho de 2008 mostrava Obama vestido de muçulmano e cumprimentando uma guerrilheira negra. Isso mostra que mesmo diante de tanta propaganda difamatória, o povo norte americano escolheu o discurso pacifista e a mudança política que Obama representa para os Estados Unidos da América e para o mundo!
E que Abraham Lincoln e Martin Luther King continuem inspirando as ações do novo Presidente dos Estados Unidos da América!


Jaorish Gomes Teles da Silva


Veja mais sobre Obama:

- Obama quebrando protocolo

- Vida de cão na Casa Branca!

- Obama nos jornais do mundo!

- Como foi o esquema de segurança na posse de Obama

- A Nação mais poderosa do mundo parou durante 20 minutos

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* Revistas da semana: manchetes e resumos dos assuntos abordados

Veja

Aborto
- Os médicos rompem o silêncio-

A decisão das pacientes de interromper a gravidez já prevalece sobre os dilemas éticos, religiosos e científicos

Caso Battisti – Vimos os processos do italiano: é terrorista mesmo

Obama – A frieza do presidente PowerPoint

MST – 25 anos de crime e impunidade

Entrevista – Raul Velloso
- O custo da farra – Especialista em finanças públicas afirma que o governo promoveu um inchaço estatal na fase de bonança e agora terá menos poder de manobra para reagir à crise. (págs. 15 a 19)

O manual da guerrilha – Como roubar, fraudar cadastros do governo e até fabricar bombas e trincheiras – está tudo na cartilha secreta do MST apreendido pela polícia. (págs. 46 a 50)

Alckmin agora é serra – Após anos de disputas internas, Alckmin aceita a liderança de Serra e fortalece o PSDB para a eleição de 2010. (pág. 51)

O Sultão de Minas – Newton Cardoso afirma que sua fortuna supera em muito a avaliação de 2,5 bilhões de reais feita por sua mulher. (pág. 52)

A infância violada do Pará – Denúncias de abusos sexuais envolvem empresários, policiais, políticos e até um irmão da governadora Ana Júlia Carepa. (pág. 53)

O que ainda não se sabia sobre ele – O terrorista Cesare Battisti teve, sim, amplo direito de defesa e foi delatado por mais de uma pessoa. Tarso Genro concedeu-lhe refúgio ignorando esses fatos, mas os fatos são teimosos. (págs. 54 e 55)

A realidade dos consultórios – Enquanto as questões éticas, religiosas e científicas ficam sem resposta, mais médicos brasileiros optam por ajudar suas pacientes decididas a interromper uma gravidez indesejada. (págs. 68 a 77)

Saída de emergência – Com injeção extra de 100 bilhões de reais, o BNDES surge como salvador de empresas em épocas de crise. Pode funcionar, mas por muito pouco tempo. (págs. 80 a 81)

De frente para o criminoso – Programa que promove encontros entre vítimas e delinquentes ajuda a reduzir a reincidência. (págs. 88 a 89)

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Época



Como segurar seu emprego na crise- O Brasil vive a pior onda de demissões em sua história. O que você precisa fazer para sobreviver

Governo Obama - O que já mudou e o que ainda vai mudar

Oportunidade perdida – A eleição na Câmara e no Senado poderia discutir formas e tornar o Legislativo menos caro e ineficiente. Mas os parlamentares só pensam em vantagens, barganhas e mordomias. (págs. 28 a 30)

Um golpe em Dantas – O governo diz que bloqueou US$ 2 bilhões ligados ao Opportunity. O MP diz que foi um quarto disso. (pág. 31)

Serra, a toda a velocidade – Ao levar o rival Alckmin para seu governo, ele sufoca o concorrente Aécio neves e amplia o favoritismo para ganhar a candidatura do PSDB à Presidência. (págs. 32 e 33)

Para eles, não há crise – Os parentes de Lula ficaram seis anos longe de cargos públicos. Mas agora dois filhos do presidente arrumaram emprego em prefeituras. (pás. 34 e 35)

Uma decisão em ambiente de Fla X Flu – Apesar de a redução nos juros ter levantado rumores de interferência política no Banco Central, ela foi baseada em fundamentos técnicos. (págs. 36 e 37)

A CPMF ainda vive – Para o governo, ela não morreu. Ele continua pagando indevidamente o imposto em contratos de obras. (pág. 38)

De mãos dadas com o governo – Por que o Grupo Votorantim buscou a ajuda do BNDES para comprar a Aracruz e criar a maior empresa de produção de celulose do mundo. (págs. 48 e 49)

Obama e o Brasil – Por que é fundamental uma relação próxima com o novo presidente. (págs. 72 e 73)

Como proteger seu emprego – Dezesseis conselhos de especialistas em recursos humanos para que você consiga manter seu trabalho durante a crise. (págs. 77 a 84)

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ISTOÉ


Como usar melhor seu tempo- Aprenda a evitar desperdícios e a adotar medidas para aproveitar bem o seu dia.

Exclusivo: Sarney, Collor e FHC dão suas receitas para o atual momento

A receita dos presidentes – Sarney, Collor e FHC revelam à ISTOÉ quais conselhos dariam a Lula para enfrentar a crise econômica e falam de governo, eleições 2010 e Barack Obama. (págs. 34 a 39)

Gerente-Geral – Ao assumir a gestão da crise do desemprego, Lula adota estratégia de risco que pode comprometer sua imagem ou aumentar ainda mais a popularidade até 2010. (págs. 40 e 41)

Última chance – Às vésperas de a Justiça analisar seus recursos, governador da Paraíba reconhece erros na defesa em processo que cassou seu mandato. (págs. 42 e 43)

Queda Livre – Banco Central inicia redução de juros com corte de um ponto percentual e já há quem aposte em uma taxa básica abaixo de 11% até o fim do ano. (págs. 80 e 81)

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ISTOÉ Dinheiro


Votorantim assume papel global- Compra do controle da Aracruz por R$ 2,7 bilhões transforma o conglomerado da família Ermírio de Moraes no maior produtor mundial de celulose, amplia a estratégia de internacionalização e aponta um novo rumo para os investimentos do grupo.

O recorde de Meirelles- Nunca ninguém ficou tanto tempo no BC. Como ele resiste às pressões?

Entrevista – Paulo Rabello de Castro – “Tudo isso ainda vai acabar em inflação” – Dias atrás, o teto da casa de campo do economista Paulo Rabello de Castro, em Itaipava, na região serrana do Rio de Janeiro, veio abaixo. Sem rachaduras, a construção ruiu. Na economia global, os pilares do sistema financeiro também têm desmoronado. Isso não significa, no entanto, que não existam responsáveis. “Assim como no meu caso os arquitetos e engenheiros falharam, na economia houve uma falha sistêmica dos bancos e dos reguladores”, diz Rabello de Castro. (págs. 20 a 22)

Meirelles: o símbolo da resistência – Nunca ninguém comandou por tanto tempo o Banco Central. E sua política, apesar das críticas, também ajudou a tornar o Brasil menos vulnerável diante da crise. (págs. 26 a 29)

O conto de fadas da América – Barack Obama toma posse numa cerimônia histórica, mas o encantamento pode se quebrar com os problemas econômicos que se avolumam nos Estados Unidos e com a sensação de que novo presidente ainda não tem um plano para enfrentá-los. (págs. 30 a 35)

Ele tem R$ 1 bilhão para gastar – Com um plano ambicioso de modernização dos aeroportos, o brigadeiro Cleonilson Nicácio, novo presidente da Infraero, será um dos grandes investidores do País em 2009. (págs. 48 e 49)

Para que recriar a Telebrás? – O governo quer tirar a estatal do limbo, mas especialistas já prevêem um futuro cabide de empregos. (pág. 52)

Um Ermírio com papel global – Sobrinho de Antônio Ermírio, José Roberto Ermírio de Moraes articula a compra da Aracruz e leva a Votorantim Celulose a uma inédita liderança mundial. (págs. 60 a 65)

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CartaCapital



Obama e a realidade- A ordem para fechar a prisão de Guantánamo mostra um início firme. Mas o novo presidente dos EUA terá desafios bem maiores.

Battisti – A extradição negada renova o bestialógico nacional.

25 anos depois – MST – Após o encontro no Paraná que criou a organização, em 1984, a luta pela posse da terra ficou menos desigual. Eis a razão para o ódio visceral que o movimento desperta em certos setores. (págs. 8 a 15)

A crise ficou mais real – Demissões – O aumento do desemprego pôs à mesa empresários, sindicalistas e o governo. (pág. 22 a 24)

No bolso, ao menos – Satiagraha – O Ministério da Justiça consegue bloquear 2 bilhões de dólares de Dantas no exterior. É um duro golpe no banqueiro. (págs. 26 a 28)

Obama, o leopardo – EUA – A posse não desmente a campanha. Para que tudo permaneça, tudo precisa mudar, como dizia Salina. (págs. 34 a 40)

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EXAME

O mundo que ele criou- Steve Jobs, o lendário fundador da Apple, revolucionou a forma como lidamos com a tecnologia e concebeu alguns dos mais cobiçados objetos de consumo das últimas décadas. Abatido por uma doença, mito sai de cena.

Especial – O dilema de Barack Obama- Ele precisa gastar muito agora para tirar a economia do buraco, mas isso pode criar problemas ainda maiores no futuro.
Fim do segundo ato – Pioneiro. Genial. Obsessivo. Intratável. Revolucionário. Steve Jobs, o fundador da Apple, sai da empresa pela segunda vez, abatido por uma misteriosa doença – e deixa como herança uma revolução na forma como entendemos a tecnologia. (págs. 22 a 29)

Eles resistem mais à crise – A classe C ajudou a expandir o mercado interno no país. E, mesmo com a crise, ainda é a melhor aposta para quem quer vender em 2009. (págs. 32 a 35)

Depois da eleição, o trabalho – Assim que definidos os novos presidentes do Congresso, o que se espera é que os parlamentares comecem a legislar. Eis cinco projetos que podem ajudar a economia do país. (págs. 38 a 40)

O melhor patrão do país – Alheio à crise, o governo federal continua a inchar seus quadros sem trégua e a conceder pacotes de bondades ao funcionalismo. (págs. 41 a 43)

O pior já passou? – Perda de participação de mercado, queda de ocupação nos aviões e atrasos nos vôos marcaram o ano de 2008 da Gol. A empresa diz que os principais problemas foram sanados – mas 2009 promete novos desafios. (págs. 48 a 50)

Na contramão do mercado – As montadoras começam o ano demitindo, cortando a produção e lamentando a queda nas vendas – mas preparam a maior onda de lançamentos da história do país. (págs. 52 a 54)

Bons conselhos para o governo – Com um grupo de executivos está ajudando o estado de Minas Gerais a melhorar problemas críticos, como a segurança pública. (págs. 72 e 73)

A resposta do Bradesco – Tido como carismático e criativo, Luiz Carlos Trabuco Cappi substitui Márcio Cypriano na presidência do banco com a missão de forjar uma nova identidade para a instituição após a perda da liderança. (págs. 84 a 87)

Todos os olhos sobre Obama – O plano econômico de Barack Obama, o 44º presidente dos Estados Unidos, divide a opinião dos economistas e volta a atenção do mundo inteiro para os primeiros movimentos do novo homem mais poderoso do planeta. (págs. 110 a 115)

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* RESUMO DAS NOTÍCIAS DOS PRINCIPAIS JORNAIS DO DIA 25/01/2009

O Globo




Manchete: Judiciário ignora crise e quer mais R$ 7,4 bi para pessoal

Mesmo diante da crise econômica, o Poder Judiciário quer aumentar os seus gastos com pessoal e pressiona o Executivo para liberar créditos que, somados, chegam a R$ 7,4 bilhões. (págs. 1, 8 e 9)

Brasil perdeu US$ 8,3 bi em exportações

As exportações do país perderam, com a crise, US$ 8,3 bilhões de outubro a dezembro de 2008. Mineração, petróleo e agronegócio são os setores mais afetados. (págs. 1, 27 e 28)

Stephanes diz não confiar mais em Minc

O ministro Reinhold Stephanes (Agricultura) acusa o colega Carlos Minc (Meio Ambiente) de combinar uma coisa e anunciar outra à imprensa, para prejudicá-lo. (págs. 1 e 10)


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Folha de S. Paulo



Manchete: Inadimplência de empresas registra maior alta desde 99
A inadimplência das pessoas jurídicas explodiu no final de 2008. Em dezembro, a alta nas dívidas em atraso foi de 36,1% em relação ao mesmo mês de 2007, segundo indicador do Serasa. (págs. 1, B1 e B3)

Dinheiro – Ministério Público do Trabalho quer barrar flexibilização ilegal (págs. 1 e B4)

Mundo – Bolívia faz referendo hoje sobre projeto de nova Constituição. (págs. 1 e A18)


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O Estado de S. Paulo




Manchete: Queda veloz na exportação assusta governo e indústria

A desaceleração da economia mundial reduziu de forma acentuada as exportações brasileiras, causando apreensão na indústria e no governo. (págs. 1, B1 e B3)

Crise faz Estados cortar R$ 4,96 bi

Em época de turbulência financeira, nove governadores já fizeram cortes no Orçamento 2009 ou vão contingenciar recursos, condicionando a liberação à melhora do cenário aqui e lá fora. (págs. 1 e A4)
Obama quer cem dias de Roosevelt
Inspirado em Roosevelt, Barack Obama quer marcar os cem primeiros dias de seu mandato com medidas de impacto. A idéia é aprovar leis em regime de emergência, relata a correspondente Patrícia Campos Mello. (págs. 1 e A12)

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Jornal do Brasil



Manchete: A desordem mora ao lado

A prefeitura não precisa ir longe para atacar a desordem urbana. Basta percorrer os batalhões da Polícia Militar e as delegacias. O JB fez isso. Flagrou irregularidades como mendigos dormindo em frente à 9ª DP (Catete). Poucos metros adiante, na Rua da Glória, um mercado de objetos de origem duvidosa. (Págs. 1, Tema do dia, A2 e A3)

MST já pensa na sucessão de Lula
Ao completar 25 anos, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) quer eleger, em 2010, um governante que restabeleça a bandeira do socialismo. “O governo Lula é uma coisa, nós somos outra”, afirma seu dirigente, João Pedro Stédile. (págs. 1, País A14 e A15)

Obama e o legado racial
As regiões onde Barack Obama perdeu para John MacCain correspondem aos antigos estados confederados e escravistas, que se opuseram a Abraham Lincoln e à sua política de combate à escravidão. (págs. 1 e Ciência Hoje A32)

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Correio Braziliense



Manchete: Praça na Esplanada inflama Brasília

Professores e escritórios de arquitetura, IAB, Iphan e até a Unesco entram no debate sobre projeto de Niemeyer que inclui edifício e Obelisco de 100 metros de altura em frente à rodoviária. A proposta ocupa com concreto o espaço onde hoje há o gramado no início do amplo vão até o Congresso. (págs. 1, tema do dia, 29 a 31)

Menos verba para combater trabalho infantil

Orçamento do principal programa contra a exploração da mão-de-obra de crianças sofre corte de R$ 67,4 milhões ao ser aprovado pelo Congresso em dezembro. A ação mais prejudicada foi a que prevê atividades socioeducativas no contraturno escolar. Para especialistas, qualidade do projeto será prejudicada.(págs. 1 e 12)

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Valor Econômico


Manchete: Término de concessões nos portos preocupa empresas

A nove dias do término do contrato de arrendamento da área que abriga seu terminal de grãos no porto de Santos, a Cargill não sabe se poderá ou não embarcar por ali boa parte de suas exportações de soja e milho da safra atual, que já começa a ser colhida. Para a empresa, Santos é a porta de saída de uma cadeia que movimenta anualmente até 4,5 milhões de toneladas, ou US$ 2 bilhões, e envolve ao menos 2 mil funcionários, além de centenas de produtores rurais. A Cargill opera o terminal desde 1985 e é uma das primeiras empresas na mira de uma megarrevisão dos contratos de áreas arrendadas nos portos brasileiros em gestação no governo. Nesse contexto, a multinacional americana provavelmente terá de disputar uma nova licitação para continuar com o terminal- mas essa talvez não seja, no momento, a pior parte do problema. A questão é que ainda não se sabe o que vai acontecer entre o término do contrato atual, em 31 de janeiro, e o resultado da nova licitação, que ainda não tem data e poderá demorar meses. A Codesp, que administra o porto de Santos, deverá detonar a megarrevisão do governo ainda no primeiro semestre. Além da Cargill, empresas como Santos Brasil, do grupo Opportunity, Libra Terminais e Cutrale também serão diretamente afetadas. Todas as áreas com arrendamento anterior a 1993, ano de promulgação da Lei 8.630 (Lei dos Portos), serão licitadas novamente à medida que os contratos expirarem. Nos demais contratos, a partir do quinto ano de aniversário, o governo, como poder concedente, deverá pleitear seu reequilíbrio econômico-financeiro à Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), responsável pela mediação entre as partes envolvidas. A alegação da Secretaria Especial de Portos (SEP) é de que os contratos em vigência não previam a proliferação de "serviços acessórios e correlatos", principalmente a movimentação de contêineres nos terminais, que se transformou em um dos negócios mais rentáveis dos portos. Enquanto nada disso acontece, pelo menos a Cargill já admite seriamente a possibilidade de ter de deixar o terminal de grãos em Santos. Há a opção de transformar a empresa em operadora da área até o término da nova licitação, mas nada está definido. (págs. 1, Bl e B6)

BNDES terá R$ 100 bi do Tesouro

A injeção de R$ 100 bilhões de recursos do Tesouro no BNDES, anunciada ontem, não terá impacto significativo no resultado fiscal da União, mas os cofres públicos vão arcar com subsídio implícito estimado em R$ 4 bilhões por ano. Com o crédito do Tesouro, o BNDES terá R$ 166 bilhões em 2009 para financiamentos - R$ 66 bilhões virão de outras fontes. O empréstimo do Tesouro não tem prazo de vencimento. Os recursos serão colocados imediatamente à disposição do BNDES, que poderá sacá-los de acordo com suas necessidades. O banco havia pedido R$ 50 bilhões ao Tesouro. Mas, segundo o ministro da Fazenda, Guido Mantega, o governo achou que o combate à crise exige R$ 100 bilhões. (págs. 1 e A3)

Verbas do FAT têm controle precário

O governo não tem servidores qualificados nem ferramentas de gestão suficientes para controlar com eficiência os bilhões de reais do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), principal fonte de financiamento do BNDES nas linhas que têm como objetivo gerar emprego. O FAT espera há dez anos por um sistema informatizado completo para controlar créditos e gastos. O presidente do Conselho Deliberativo do FAT, Luiz Fernando Emediato, diz que há forças interessadas em que esse sistema não exista. (págs. 1 e A5)

Desemprego menor

A taxa de desemprego caiu em dezembro e foi de 6,8% da população economicamente ativa, a menor da série iniciada em março de 2002 pelo IBGE. Diferenças metodológicas explicam a divergência com os números do Caged, que apontaram corte de 654 mil postos de trabalho. (págs. 1 e A4)

Companhias reapresentam balanços

Por decisão da Comissão de Valores Mobiliários, onze companhias terão de apresentar novamente os balanços do terceiro trimestre, mais especificamente a nota explicativa que trata de derivativos e dos riscos que esses contratos representam. Esse é o resultado de uma análise de 148 companhias feita pela CVM, que também encaminhou a 88 empresas sugestões de melhoria no tratamento do tema nos próximos balanços. Tanto o frigorífico Marfrig quanto a Abyara, do setor de construção, já reapresentaram os balanços e informaram que tiveram perdas com operações de derivativos. Também estão na lista de empresas que precisam republicar o balanço Cesp, CSN, Inpar, Klabin Segall, Lojas Americanas, São Martinho, São Paulo Alpargatas, Vigor e VCP. Também por determinação da CVM, a Perdigão terá de refazer e republicar os balanços trimestrais de 2008 para reverter a amortização integral do ágio de aquisição da Eleva, feita no balanço de junho. A Perdigão recorrerá dessa decisão. (págs. 1, Dl e D3)

Idéias
Célia de Gouvêa Franco: bancos caminham para a estatização. (págs. 1 e A2)

Idéias
Elena Landau: prazo de concessão de elétricas pode ser prorrogado. (págs. 1 e A14)

Derrocada do Citi
O Citigroup foi uma das maiores vítimas da derrocada das ações dos bancos globais. Um dos líderes do setor no passado, ele tem valor de mercado de US$ 20 bilhões, inferior ao do Itaú-Unibanco (US$ 33,9 bilhões) e Bradesco (US$ 25,7 bilhões). (págs. 1 e C3)

SP renegocia contratos

A perspectiva de queda das receitas municipais com a desaceleração econômica levou o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM), a decidir reavaliar as licitações que estão em andamento e a renegociar contratos já em vigor. (págs. 1 e A2)

Demissões e corte na produção da indústria afligem Sul fluminense (págs. 1 e A4)

Camargo pode ampliar fatia na CPFL
O grupo Camargo Corrêa está disposto a comprar as ações da Votorantim na CPFL e aumentar sua fatia no bloco de controle da elétrica paulista. Após as pesadas perdas com derivativos de câmbio, o grupo da família Ermírio de Moraes passou a buscar compradores para os seus 14,2% das ações da CPFL. Neoenergia e Cemig manifestaram interesse. Segundo o Valor apurou, no entanto, a Camargo tem intenção de exercer o direito de preferência. Para viabilizar a operação, está negociando apoio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social. Além da Votorantim e Camargo, unidos na VBC, estão no bloco de controle os fundos de pensão Previ e Sistel, com 31,1% e 12,7% das ações. Procurado, o grupo Votorantim informou que não comentaria o que considera "rumores de mercado". A Camargo Corrêa também não quis comentar o assunto e informou que as negociações que mantêm com o BNDES se referem a linhas de financiamento para operações de suas empresas. (págs. 1 e B6)

Fed manterá a política do juro zero
A política monetária americana de juro zero e linhas de crédito especiais deve ser mantida em sua maior parte na reunião do Federal Reserve na semana que vem, apesar das divergências entre alguns diretores da instituição quanto a algumas de suas táticas. Duas medidas em estudo, a fixação de meta de inflação e a compra de títulos do Tesouro, devem continuar na gaveta enquanto o Fed examina sua eficácia. O temor é que ambas tragam conseqüências indesejadas. Como acadêmico, Bernanke propôs metas de inflação e regras claras para as ações do banco central mas, como presidente da instituição, prefere preservar flexibilidade para si. (págs. 1 e C4)

China desacelera
A China teve um crescimento de 6,8% no último trimestre do ano passado, sua pior taxa de crescimento em sete anos. Com isso, agrava a situação da Ásia, onde as outras grandes economias - Coréia do Sul e Japão - estão em retração. (págs. 1 e Al3)

Nova e polêmica Carta constitucional boliviana, defendida por Morales, vai a referendo (págs. 1 e A16)

Pampa da Argentina vira sertão
Área mais importante da agricultura argentina, responsável por quase 80% da produção de grãos do país, a Pampa Úmida secou. Passa pela pior estiagem dos últimos 50 anos. A perda de produção impedirá o país de superar seu recorde de 100 milhões de toneladas de grãos. Em 2008/2009, segundo especialistas, a safra será de 78 milhões de toneladas. Os prejuízos financeiros atingirão as contas públicas. Perto de 14% da arrecadação do Tesouro argentino vêm da agricultura e 58% das exportações têm origem agroindustrial. A Pampa Úmida é uma extensa região de campinas, com terras muito férteis em cinco Províncias argentinas- Buenos Aires, Córdoba, Santa Fé, La Pampa e Entre Ríos. Ganhou esse nome por seu regime pluviométrico privilegiado (500 milímetros por ano, em média). Sem chuva há meses, porém, a paisagem atual está mais parecida com a do sertão brasileiro. Solos rachados e carcaças de animais mortos estão por toda parte. (págs. 1 e B10)

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Gazeta Mercantil

Manchete: Reestruturada, TIM vai brigar pela liderança

O gigantismo dos números do mercado brasileiro de telefonia celular, inserido no maior PIB da América Latina e dono de mais de 180 milhões de habitantes, levou a Telecom Italia, dona da TIM, a eleger o País como prioridade de sua estratégia internacional. Para chegar à liderança nesse mercado, no qual hoje ocupa o terceiro lugar em número de clientes, a TIM ganhou novo presidente, o italiano Luca Luciani, um dos mais bem preparados executivos do setor de telefonia móvel europeu. Enérgico, Luciani enxerga as dificuldades de sua complexa tarefa, mas garante estar preparando a operadora para uma grande virada. Italiano de 42 anos, o executivo, que já esteve no comando da operação móvel na Itália, concedeu à Gazeta Mercantil e ao Jornal do Brasil sua primeira entrevista exclusiva no País e revelou que a operadora vai aproveitar o movimento natural de migração da telefonia fixa para a móvel, conquistando 25% dos usuários de banda larga celular. (págs. 1 e C1)

Tesouro reforça caixa do BNDES com R$ 100 bi

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) ganhou reforço de R$ 100 bilhões para ampliar suas linhas de financiamento. O novo aporte foi anunciado ontem pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega. “É assim que enfrentamos a desaceleração da economia, é a resposta adequada”, disse o ministro. Os recursos para o BNDES serão repassados via empréstimo do Tesouro com juros abaixo dos praticados no mercado. Segundo Mantega, haverá duas faixas para a incidência de juros. Sobre 70% do volume será cobrada a variação da Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP) mais 2,5% ao ano, o que resulta em índice final de 8,75% anual. Sobre os 30% restantes será aplicado o custo de captação do Tesouro Nacional no exterior. Não há prazo estabelecido para o banco efetuar o pagamento do empréstimo. (págs. 1 e A7)

Comércio exterior

Welber Barral, do MDIC, prevê que balança pode ficar aquém do esperado. (págs. 1 e A4)

Bloqueados US$ 2 bilhões do Opportunity

O Ministério da Justiça anunciou ontem o bloqueio de mais de US$ 2 bilhões do Grupo Opportunity em bancos de quatro países, entre eles o Reino Unido e Estados Unidos, onde o volume alcança cerca de US$ 500 milhões. Os depósitos foram identificados durante a Operação Satiagraha, que resultou na prisão de Daniel Dantas, em julho do ano passado, e está em nome do próprio banqueiro e de um grupo de 50 brasileiros que aplicaram seus recursos num fundo offshore. Nesse volume não está incluído R$ 1,7 bilhão que já havia sido bloqueado em três operações no ano passado. No total, segundo fonte do Ministério da Justiça, está bloqueado o equivalente a mais de R$ 6 bilhões, um verdadeiro golpe que pode provocar a falência do Opportunity. Este é o maior bloqueio financeiro da história do País e engloba quase o dobro do US$ 1,97 bilhão. A Justiça do Rio de Janeiro negou ontem pedido de indenização de US$ 10 bilhões feito pelo investidor Naji Nahas à Bolsa de Valores do Rio. (págs. 1 e A10)

Taxa de desemprego cai para 6,8% em dezembro

A taxa de desocupação medida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) fechou em 6,8% em dezembro, 0,8 ponto percentual abaixo em relação ao mês anterior. Segundo Cimar Azeredo, gerente do IBGE, este resultado da Pesquisa Mensal de Emprego corresponde ao menor índice de desemprego desde 2002. Segundo Azeredo, a pesquisa apontou também um aumento de 0,5% no rendimento dos trabalhadores ante novembro e de 3,6% no ano. Em média, o trabalhador recebeu no mês R$ 1.284,90. (págs. 1 e A6)

Empresas tentam evitar demissões

As 18 principais empresas do polo automotivo de Betim, lideradas pela Fiat Automóveis e siderúrgica Usiminas, decidiram ontem interromper as demissões de metalúrgicos até 11 de fevereiro. Dentro de 15 dias, haverá nova reunião, quando as duas partes - empregados e trabalhadores - examinarão o desempenho da venda de automóveis e o efeito das medidas do governo no estímulo à economia. A Vale apresentou aos sindicatos do Mato Grosso do Sul e de Minas Gerais proposta de extensão da licença remunerada com corte de 50% dos salários e garantia de emprego até 31 de maio. O objetivo da empresa é ajustar a produção à demanda internacional. Segundo Roger Agneli, presidente da Vale, a companhia tem 5,5 mil trabalhadores em férias coletivas e o corte ou a expansão do quadro de funcionários depende do grau de reação da economia mundial aos efeitos da crise. “Vai depender do que vai acontecer daqui para frente. Não queremos demitir”, afirmou. (págs. 1, A6 e C3)

Vale faz encomendas de R$ 398 milhões a estaleiros

Mesmo com a queda mundial no preço do frete marítimo, a Vale anunciou ontem contrato para a construção no Brasil de 49 embarcações — 15 rebocadores, 32 barcaças e 2 empurradores. Avaliadas em R$ 398,6 milhões, as encomendas aquecem a indústria naval e geram 2.370 empregos. Apesar da crise, o diretor de Portos e Navegação da Vale, Humberto Freitas, afirmou que o investimento está sendo feito com base em planejamento de longo prazo. Preço, prazo e custo levaram a Vale a optar por estaleiros brasileiros. Os estaleiros Mauá, Rio Nave, Atlântico Sul e Eisa apresentaram propostas para os 15 navios da segunda fase de expansão da frota da Transpetro. (págs. 1 e C3)

Mais sinistros encarecem os seguros nas exportações

As principais seguradoras de crédito à exportação do País estão revisando estratégias devido à onda de calotes no comércio exterior provocada pelo enxugamento do crédito na economia global. Diante do quadro de aumento de quase 100% na ocorrência de sinistros das exportações seguradas no acumulado de 2008, a Coface está reduzindo sua capacidade de cobertura, obrigando novos clientes exportadores a assumir fatia maior do risco em caso de inadimplência. Além disso, a líder do segmento cancelou negócios com destino à Argentina e ao setor da construção civil dos Estados Unidos. Mapfre e Crédito y Caución estão mais restritas a riscos e garantem que a taxa do seguro pode subir até 30%. (págs. 1 e B1)

Opinião
José Ricardo Roriz Coelho: Neste ano de incertezas, devemos ter a coragem de destravar o Brasil para que possamos obter mais investimentos. Isso exige diminuir o custo do capital, com juros civilizados. (págs. 1 e A3)

Preços do mel batem recorde
O aumento da demanda pelo mel brasileiro levou o produto aos patamares mais altos da história. O fato pode ter sido deflagrado em 2007 após o misterioso sumiço de bilhões de abelhas em vários países. (págs. 1 e B12)

Menos ações em circulação

Os recentes programas de recompras de ações de empresas de capital aberto vêm estreitando a base acionária das companhias. Algumas já têm menos de 25% de seus papéis em circulação no mercado. (págs. 1 e B4)

Bancos retêm açúcar de usinas

Os preços do açúcar subiram 15% em 20 dias. Segundo analistas, além de menor oferta e demanda aquecida, a elevação se deve ao fato de que bancos estão retendo açúcar de usinas inadimplentes. (págs. 1 e B11)

Pré-fixados ficam atraentes

Em tempos de juros menores e da perspectiva de um ciclo de afrouxo monetário, os ativos pré-fixados se mostram como alternativas na renda fixa. Para especialistas, a queda nos juros já estava precificada. (págs. 1 e Investnews.com.br)

Siderurgia
A produção mundial de aço caiu 1,2%. (págs. 1 e C5)

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* Obama quebrando protocolo




Redação Portal IMPRENSA


Enquanto há artistas e políticos tratando mal jornalistas aqui no Brasil, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, cumprimentou, na última quinta-feira (22), os jornalistas presentes à Sala de Imprensa da Casa Branca. A informação é da agência AFP. A medida do democrata quebra um protocolo do país, que prevê distanciamento entre chefe de estado e imprensa em cerimônias oficiais. Na ocasião, um jornalista ainda tentou fazer uma pergunta a Obama, que se esquivou.
"Teremos uma coletiva de imprensa e, então, poderão se sentir livres para perguntar o que quiserem, mas agora só quero cumprimentá-los", disse Obama, acrescentando ao dizer que espera ter uma relação "respeitosa" com jornalistas.
Obama ainda agradeceu aos jornalistas pelo apoio oferecido ao Secretário de Imprensa, Robert Gibbs, que estreou no cargo na última quinta-feira (22). "Estávamos todos vendo TV com preocupação, mas conseguiu administrar bem, estou muito orgulhoso dele", concluiu o presidente.

Veja mais sobre Obama:

* Google abre à CPI da Pedofilia

Redação Portal IMPRENSA

Quarta-feira (5 de janeiro), a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pedofilia recebeu informações de 18,5 mil álbuns fechados do Orkut, suspeitos de conter imagens de pornografia infantil. Entregues por Ivo Correa, advogado do Google no Brasil, as informações sobre estes álbuns foram denunciadas por internautas à organização não-governamental Safernet.
Segundo o senador Magno Malta (PR-ES), presidente da CPI, com os novos dados será possível identificar até sete mil pedófilos que utilizam os álbuns fechados para a divulgação de imagens de abuso sexual de crianças e adolescentes. Em abril, quando o Google entregou informações sobre 3.261 álbuns, mais de 500 pedófilos foram identificados. "A partir da assinatura do Termo de Ajustamento de Conduta [TAC] pelo Google, a empresa tem sido uma grande parceira da CPI, das autoridades policiais e da sociedade brasileira", declarou Malta.
Para o senador Geraldo Mesquita Júnior (PMDB-AC), os avanços obtidos pelo trabalho realizado pela CPI merecem reconhecimento. "Essa é uma luta de toda a sociedade brasileira. A CPI tem atuado como um alerta, atemorizando os pedófilos que atuam no Brasil e em outros países" afirmou o senador, que defende uma articulação entre os países do Mercosul para combater a pedofilia.
Na reunião da CPI, Malta divulgou uma cartilha - disponível para download em seu site - para esclarecer os pais sobre os riscos de abuso sexual. O parlamentar informou que pedirá aos colegas senadores que autorizem a impressão da cartilha por meio da cota a que cada um tem direito na Gráfica do Senado, e Mesquita Júnior pedirá ao presidente do Senado, Garibaldi Alves, que autorize a impressão de cópias para enviar a todos os setores da sociedade, informou a Agência Senado. Além disso, os senadores divulgaram a campanha "Todos contra a Pedofilia".
A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pedofilia do Senado deve determinou quinta-feira (24 de janeiro) a quebra do sigilo telefônico de supostos pedófilos que possuem páginas de relacionamento no Orkut.
O senador Magno Malta (PR-ES), presidente da CPI, na manhã desta quarta-feira (23), deicidiu isto após receber do site de busca Google um conjunto de DVDs com o conteúdo dos 3.261 álbuns virtuais, que haviam sido solicitados pela comissão para a quebra de sigilo de privacidade na internet.
"Amanhã, determinamos a quebra do sigilo telefônico e certamente chegaremos a todos eles [supostos pedófilos]. A investigação da Polícia Federal junto com o Ministério Público vai demandar uma grande operação de prisão tanto no Brasil como em outros países", declarou Malta.
O senador ficou satisfeito com a "disposição" do Google em cooperar com as buscas e entregar os dados necessários, iniciativa inédita no Brasil. Malta garantiu que o fato, considerado "histórico", tornará possível a identificação de uma rede internacional de pedófilos e a punição para quem pratica o crime da pedofilia na internet.
Para Félix Ximenes, diretor de Comunicação e Assuntos Públicos do Google, a empresa já havia contribuído anteriormente para as investigações mas precisou "mudar a conduta" para atender às exigências do Ministério Público.
Ele reconhece, entretanto, que esta é "a primeira grande quebra de sigilo" do Google, porque a empresa nunca havia fornecido imagens para investigações - apenas nomes de usuário e senhas de acesso dos computadores utilizados, por causa da legislação americana.
Ximenes garantiu ainda que os ajustes firmados entre o Google e alguns ministérios públicos, para coibir a ação de pedófilos na internet, estão sendo cumpridos. Os acordos prevêem o acesso a informações de usuários por uma equipe de promotores, em tempo real. A empresa teria até 24 horas para tomar providências.
Ele admite que o Google não faz verificação prévia do conteúdo veiculado por meio de páginas privadas no Orkut, mas reforça quatro novas medidas a serem cumpridas pela empresa para coibir a pedofilia na internet.
As medidas são: prolongar o tempo de retenção dos dados dos usuários de 30 para 180 dias, incluir filtros tecnológicos que permitam não só filtrar os conteúdos já existentes mas também impedir os uploads de novos conteúdos ilícitos, incrementar a cooperação internacional usando organismos mundiais de repressão contra a infância e também uma solução mais complexa, que envolve servidores, software e revisores locais para atender mais prontamente as demandas da justiça brasileira.

As informações são da Agência Brasil

* Racismo e xenofobia cresceram mais de 100% na web

Redação Portal IMPRENSA

Um levantamento feito pela ONG Safernet através de denúncias de usuários de sites de relacionamentos aponta que os crimes de xenofobia cresceram 238,7% no Orkut entre o primeiro e o segundo semestre de 2008.
Já os crimes de racismo tiveram um crescimento de 167,2%, e os de homofobia aumentaram 131,4% nos últimos seis meses do ano passado. Segundo a ONG, os de pornografia infantil, que têm mais visibilidade, tiveram um aumento de 57,9%.
Segundo o advogado Luiz Guilherme Natalizi, a legislação brasileira quase não faz menção à crimes praticados pela Internet. "Uma das poucas leis foi relacionada à criação e divulgação de práticas pedófilas, que alteraram o artigo 240 e 241 do Estatuto da Criança e do Adolescente, implementada pela Lei 10.764, de 2003", declarou Natalizi ao jornal O Globo.
Sobre as outras violações, como a xenofobia e o racismo, ele explicou que os criminosos podem responder de acordo com as leis já existentes. No entanto, a vítima deve se munir de provas - por exemplo, imprimindo a página com conteúdo criminoso e obtendo uma certidão de pessoa com fé pública, assinada por um policial e duas testemunhas.
As práticas que envolvem furtos, como os praticados por crackers, também são analisadas de acordo com a legislação atual. "Algumas das práticas podem ser consideradas crimes se analisadas a partir de seu resultado, como no caso dos crackers - que burlam um sistema de segurança na internet de uma instituição financeira e desviam valores de contas - fica configurado o furto", concluiu.